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Mostrando postagens com o rótulo meus-escritos

Acautelai-vos...

  Sei que vocês, queridos leitores e queridas leitoras, podem estar estranhando que o blog não tem sido muito atualizado com novos textos. Às vezes, há momentos em que o Senhor nos chama para passar um tempo com Ele que, não se restringe somente para momentos de oração (ou jejum), mas para aprofundarmos em questões bem complexas nas Sagradas Escrituras. Uma coisa, caro leitor e querida leitora, é você ter estudos puramente advindos de interpretações humanas (meus estudos na universidade, por exemplo); outra é quando você é guiado, direcionado e orientado a compreender questões mal compreendidas na leitura/interpretação da comunidade cristã e Deus, por meio do Espírito Santo, lhe dar esclarecimentos e entendimentos além do mero interpretar humano (o que não é retirado a leitura dos livros, mas aperfeiçoado com entendimento mais profundos, à luz do Espírito que vivifica a letra !). Encontro-me nesta caminhada, em que amo! Por isto, estou publicando alguns poemas ou textos em que já fora

Provação

  Fugir é inútil. Desistir da peregrinação é se acovardar de crescer na/pela fé. A tempestade não é úmida, é seca. O chão está rachado, devido a falta de chuvas que saciam a sede da vegetação. Será que isto é um indício de que a morte é a única solução? Não. Um nômade nunca se deixa vencido, não porque o mesmo é forte para enfrentar tudo por sua própria capacidade meramente humana, mas por acreditar que há um Criador que o está sustentando, mesmo com a precariedade de água e alimento. O olhar de quem o Criou com as suas próprias mãos gera resistência na alma. O corpo pode reclamar da ausência de nutrientes, mas a vida que está além do mero maná, é o único que pode suprir as faltas de um ser humano inteiro. É claro que tudo isto escapa da lógica e da racionalidade humana. É algo que desequilibra, atormenta e tenta a vida de um nômade. É mais confortável viver próximo de um rio e ter abundância de alimentos, mas enfrentar o nada ou o pouco e ainda se contentar com a situação, só suporta

Epístola para uma perseguidora

  Madrugada de julho, 1989. Obrigada pela difamação e calúnia, perseguidora! Estás favorecendo o Sol da justiça que ilumina os meus caminhos até Deus. Agradeço por cada culpa que tenta lançar sobre mim, pois, na verdade o que jogas sobre mim, não gera um peso a mais em minha cruz. Você, mulher, apenas está aumentando o nome de Cristo Jesus sobre a minha vida. Está apenas intensificando o seu poder sobre mim! Muito obrigada, perseguidora, pelas mentiras que espalha a meu respeito. Sabe, por que sou grata a você, querida? Por que você oculta a vida que escolho, todos os dias, em espírito de oração ao nosso Criador. Não me enxerga do mesmo modo que o nosso Criador, porque o pecado é o seu óculo de interpretar o mundo da vida e das pessoas. Vês a vida, a partir de você mesma e não, a partir de Jesus Cristo, que é a chave do mundo da vida! Por isto, lhe incomodo! Vamos e viemos, perseguidora! O que fiz com você? Nada! Causei-lhe algum transtorno? Não! Agora, você, o que já fez c

Natureza adâmica que deseja ser autossuficiente com o prefixo “-pós”

  Às vezes, os meus ouvidos e os meus olhos ficam perturbados com tantas vozes e interpretações bíblicas... antes de tudo, me perdoa pela sinceridade! Longe de ser uma pessoa avessa ao ouvir, quero dizer que percebo muitas ideias forçando um contexto histórico e social em que, talvez, nem eram pensadas como dizem que são! Até porque, caro leitor e querida leitora, havia uma maioria pobre e marginalizada em Israel do que pessoas ricas. Não havia tanto conhecimento e educação, como atualmente. Nós, mulheres, que o digam! Ao longo da história da humanidade, nos deparamos com exceções de mulheres educadas, graças ao auxílio de alguma pessoa que acreditava em nossas potencialidades ou resistências! Não pretendo recorrer a historicidade. Nem tenho intenções de debater as ideias que circulam, pois uma lição aprendi: tudo na vida da gente é passageira , assim como as pessoas que geram e vivem das suas ideias! Mas, é claro que, nem todo mundo afinca esta percepção em seu peito, já que a fin

Cadê Jesus Cristo na manjedoura comunitária?

  Quero iniciar esta reflexão, pedindo a cada um de vocês, caro leitor e querida leitora, desculpas por algumas opiniões. Não é que eu esteja sendo atrasada, conservadora ou antiquada. Não é isto, queridos e queridas! Entendo perfeitamente que vivemos no mundo, mesmo sendo discípulos e discípulas de Jesus Cristo. Ele é o nosso caminho, a nossa verdade e a nossa vida, doada a preço de sangue e conquistada pelo sofrimento e fragilidade! E é nisto, que desejo chamar a atenção de vocês! Desejo começar com alguns apontamentos sobre o relacionamento da Igreja de Jesus Cristo com a sociedade (o mundo como sistema social, econômico e cultural): Nos anos de 1970-1975, temos uma visão teológica escatológica . O que isto quer dizer? Havia uma expectativa da Igreja de que a humanidade entraria nos “últimos dias”. Paralelo ao discurso eclesiástico, na sociedade temos o movimento “hippie” europeu e estadunidense, que ansiava por uma nova sociedade, um novo mundo, rompendo-se com

O amor é a arma contra os inimigos

  Vivemos em um tempo em que a provação, a dor, o sofrimento e a tribulação são negadas. Em suas redes de contatos virtuais, temos que estar o tempo todo, felizes, alegres e extrovertidos, como se nada pudesse nos entristecer e incomodar. Por isto, eu tenho dificuldades de manter uma rede social e até de tê-la. Sou humana, com potencialidades de tornar-me e de fragilizadas de não-ser (-ainda) . Mas, isto não é um absurdo, mesmo sendo cristã. É a nossa condicionalidade. É a natureza de todos nós, humanos e humanas! Tem períodos que não consigo escrever bem. Não é bloqueio criativo. É provação, tribulação, atentados. Quando algumas pessoas se levantam contra você, o jeito não é revidar, vingar ou se lançar das mesmas armas do que elas. É amá-las e interceder em oração por suas vidas tão aprisionadas pelo ódio e pelas trevas. É apiedar-se da ausência de Deus e colocar-se no lugar delas, diante do Senhor, pedindo a sua misericórdia perante o mal bombardeado. Sinceramente, caro leitor e

Nômades em Cristo

  Chega um tempo, em que tudo passa por mudanças. Nelas, surgem dificuldades de adaptação. Nem todas as pessoas reagem da mesma maneira. Só que, o nosso tempo humano é passageiro, cheios de fases, períodos e momentos. Não é isto, que Coélet nos alerta (Eclesiastes 3)? Estou a escrevê-los sobre esta questão, caro leitor e querida leitora, porque observo que o meu tempo com a escrita literária pode estar chegando ao fim. Mas… não se espante, com a minha descoberta e anúncio! Não irei parar com o ensino das Sagradas Escrituras (serviço a Igreja de Jesus Cristo!) e com os fios que tecemos a nossa existência. Parece que a literatura (serviço a cultura brasileira) está aos poucos distanciando de mim. Uma outra prioridade está vindo com muito mais força, vigor e paz… principalmente, PAZ. Tenho algumas obras já escritas, mas ainda não posso publicá-las. Cada uma tem o seu tempo para serem publicadas e lidas. Livros são como nós. Tem o seu tempo de brilhar e trazer reflexões à nossa condi

Amor em Cristo só para quem pertence a mesma igreja?

  Há sempre uma tendência em nós, cristãos e cristãs, acreditar que um irmão ou irmã em Cristo Jesus, mesmo professando a sua fé, nos aceitará como deve ser acolhido. Creio que isto foi uma das dificuldades e também, um desafio para os cristãos e as cristãs do chamado “protocristianismo”. Por causa da confissão da fé em Jesus Cristo por Deus, cremos que uma pessoa, mesmo em uma comunidade cristã distinta da nossa, nos acolherá por sermos do mesmo Senhor e do mesmo Espírito. Tive uma experiência um tanto esquisita e estranha! Sempre respeitei não só a pluralidade e diversidade religiosa, mas as possíveis diferenciações no meio cristão (existiu, existe e sempre existirá!). Na casa de Deus há muitas moradas, como afirma Jesus; o que quer dizer que as comunidades “protocristãs” não eram todas iguais, mas diferenciavam uma das outras! Temos uma comunidade joanina, mateana, marcana, paulina… Cada uma com características litúrgicas e interpretativas do mesmo Jesus de Nazaré e no mesmo Espí

Carrego a minha cruz de madeira maldita

  Durante estes dias passados, me encontrava desorientada, perdida e sem rumo. Não pensem que a minha falta de direção tem relação com a comunhão com Deus e com o semelhante. Não! Foi um momento em que as nuvens acinzentadas quiseram ofuscar o brilho da Estrela da manhã em minha vida. Estas nuvens se encarregam de querer obscurecer a visão, daqueles/daquelas que têm uma vida com Deus na Pessoa de Jesus Cristo e acabam sentindo a sua alma se abater com uma dor inexplicável, que parece estar com uma enfermidade que desconhece. Não há sujeiras nas mãos. Não há manchas nas vestes. Não há lama nos pés. Apenas vem uma dor, que só quem sabe da graça de Deus, se conforta com a certeza de que passará com um clamor de socorro e auxílio, mesmo que não consiga orar, apenas chorar. Sabe, querido irmão e querida irmã, isto não é algo que acontece somente com os homens, as mulheres, os jovens, as crianças e os idosos/as idosas que se encontram nos textos salmistas e nas epístolas neotestamentári

Amor, mais do que palavras… (poema)

  Graça e paz, caro leitor e querida leitora! Não recordo-me em que mês de 2022, esta coletânea foi publicada pelo projeto apparere . Mas, lembro-me bem sobre o desenvolvimento deste poema. No dia, eu não tinha ideia de como escrever sobre a temática do amor. E quando penso em amor, não medito, necessariamente no amor romântico plástico e artificial de nossa sociedade (desculpe, pela sinceridade! Amar uma pessoa é "estar junto", compartilha, cumplicidade, doação e renúncia... É colocá-la acima de suas próprias necessidades pelo seu bem-estar.  Amor é isto, não é?), mas no dar-se sem merecimento. É difícil, acredito. Ser humano por humano é complexo, sem o Deus da vida. A vida, segundo os existencialistas, é absurdo, sem sentido... Será que o sentido não é o amor? Então, Deus é amor! Agora, se as nossas intencionalidades não forem guiadas pelo amor de Deus em Jesus Cristo, são desastrosas e "corruptas". Só ama quem conhece a Deus , não é o que a Palavra diz? Pois bem