Ao longo da história, as mulheres foram silenciadas, oprimidas e sujeitadas a ser o “gênero [1] ” secundário dentro das dimensões sociais, especialmente religiosas. Conforme a pastora e teóloga Suely Xavier dos Santos, o que reafirma uma sociedade androcêntrica [2] é a forma como é lida e relida as cartas paulinas sob uma perspectiva machista e sexista [3] , causando a omissão das vozes femininas, tanto nas comunidades de fé quanto na sociedade. Desta forma, o silenciamento das mulheres, ao decorrer da trajetória bíblica, acontece a partir das instituições – na Monarquia e na Igreja. Segundo Xavier, “a instituição Monarquia fez com que as mulheres fossem vistas apenas como reprodutora e aquela que ensina nos primeiros anos dos filhos” e na história da igreja existe um “silenciamento da atuação das mulheres em todos os âmbitos pela história oficial” [4] . A “interpretação tradicional” transformou Eva e Maria em arquétipos da sexualidade de mulher – a primeira induziu o homem à t