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Mostrando postagens de novembro, 2021

Quando a vida encontra-se sob o Senhorio de Cristo

  Uma coisa é fato, nós, seres humanos, criados a imagem e a semelhança de nosso Criador nunca sabemos o que é bom e o que é mau. É claro que há respaldo bíblico a respeito disto. Mas, uma coisa é você ler o que a Bíblia diz; outra é vivê-la. A Palavra não costuma abarcar a realidade concreta em si. É até difícil, a letra captar a existência humana em sua totalidade, pois assim como o escritor é limitado em sua natureza, a letra também é. Só o Espírito de Deus mesmo, para iluminar o que está além das palavras limitadas do ser humano! Quando paramos de pedir a Deus que ajude-nos a conquistar os nossos sonhos, abandonando-os e deixando-os de lado, Deus intervém. Primeiramente, Ele vem operar no nosso interior , no nosso caráter . Amassando-nos como um barro. Quebrando tudo o que encontra-se aqui dentro. Não pense que não haverá dor e sofrimento. Quando Deus vem trabalhar dentro de nós, meus queridos e minhas queridas, a dor é lástima! No entanto, você sente a dor daquilo que é rompido

A lógica da Graça

  Às vezes, eu penso em desistir. Mas, quando vejo o quanto a graça sustenta-me, descarto essa ideia. A cada dia, percebo que sou um instrumento nas mãos do Criador.  Não glorifico-me, pois a glória maior é de Cristo Jesus.  O que escrevo é Nele e por Ele, pois tenho consciência que as pessoas estão mais perdidas no nada do que diante de sua cruz.  O perder-se na cruz é vida, enquanto perder-se no mundo é morte.  E não é fácil, tentar capturar palavras corretas para escrever sobre tal assunto. Certamente, sempre haverá pessoas distorcendo compreensões sobre a condição humana, a fim de escapar daquilo que é inevitável. Posso fazer inúmeras teorizações científicas sobre a criação do mundo e da condição humana, mas sempre haverá por detrás intencionalidades interesseiras.  Por isto, eu vivo num constante res-guardo. Caminho como se estivesse andando em ovos. Não pode-se confiar facilmente. O coração humano é oculto, assim como as suas intenções. O que adianta a ciência, se ela não é neut

Olhando os animais com os olhos de Deus por meio de Cristo Jesus: uma leitura de Provérbios 12.10

  Em todo o Antigo Oriente Próximo, destacando a Mesopotâmia, a Assíria, a Babilônia e o Egito, cultivou-se a literatura sapiencial . Antes mesmo da escrita ser inventada, os provérbios circulavam de forma oral. Muitos provérbios (os ditados, melhor dizendo!) populares tornaram-se provérbios literários. A literatura sapiencial tratava-se de uma literatura ‘secular’ e prática, a partir da experiência humana. Em outras palavras, é uma arte de viver bem; o que significava um sinal de boa educação para as civilizações antigas. E isto, não aconteceu de maneira diferente com o Antigo Israel. O texto mais antigo sobre a Sabedoria de Israel encontra-se em 1 Reis 5.10- 13 – Bíblia de Jerusalém: A Sabedoria de Salomão foi a maior que a de todos os filhos do Oriente e maior que toda a sabedoria do Egito. Foi mais sábio que qualquer pessoa: mais que Etã, o ezraíta, mais que os filhos de Maol, Emã, Calcol e Darda; sua fama se espalhou por todas as nações circunvizinhas. Pronunciou três mil

O Grito inaudível, retratado por Edvard Munch

  O Grito (1893) de Edvard Munch (1863-1944) Edvard Munch foi um artista, que representou a condição do ser humano moderno em um período temporal, em que não havia consciência de sua complexa situação-limite. Ele não pertenceu a nenhum movimento artístico, mas é considerado o precursor do expressionismo. O expressionismo pode ser visto como a expressão da distorção dos traços e das cores, simplificando-as em formas que causam um maior impacto emocional. É um estilo artístico que aparece em contextos de tensão emocional através de uma arte sombria com transfundo espiritual, que manifesta uma aversão ao processo de desumanização e ao progresso técnico. Conforme as palavras de Carolina Paula Gómez, o expressionismo estava procurando um olhar para dentro. Para os expressionistas, o gesto não se esgota no ato de ver, ele tenta rasgar o véu que se apodera da realidade só de olhar para ela, cavar sob sua casca e fixar a verdade. (GÓMEZ, 2016, p. 309). Os quadros de Munch expressam os sent

Desigrejados? Ou filhos de Deus reconciliados em Cristo Jesus?

  Quando leio a história de Moisés, no livro de Êxodo, personifico-me. Moisés foi um hebreu criado como egípcio, recebeu a melhor educação e cultura de sua época. Contudo, certa fase de sua vida, tudo desmoronou. Assassinou um egípcio a favor de um escravo hebreu. A injustiça o comoveu, a ponto de tentar consertar uma atitude desumana. Após a morte do egípcio, fugiu para deserto. Ali, creio que passou fome, sede. Despiu-se de tudo que havia recebido: riqueza, valores, cultura… No deserto, foi um errante. Foi um estrangeiro. Era um hebreu, mas não o era re-conhecido. Viam-no como egípcio. Personifico em Moisés, quer dizer, vejo-me nele. Como filha única de um tratorista e de uma dona de casa, recebi muito amor, carinho, proteção. Meu pai trabalhou muito para que eu tornar-se o que sou, atualmente. Minha mãe sempre aconselhou-me a estar nos caminhos do Senhor, assim como meu avô materno. Cresci na tradição protestante, batizei-me aos nove anos, convicta de que eu morreria com Cristo