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Mostrando postagens de novembro, 2022

“Os doze profetas de pedra-sabão”: uma leitura bíblica na inconfidência mineira

  Francis Schaeffer, em sua pequena obra A Arte e a Bíblia , escreveu: “O cristão é alguém cuja imaginação deve voar além das estrelas” . Isto, a meu ver, é fundamental para um cristão e uma cristã que têm habilidades artísticas, em seu sentido amplo, pois o seu trabalho artístico pode ser uma expressão de esperança, de anúncio libertadora e da presença de Deus em nosso meio. Recordo-me que, no ano de 2017, fui conhecer o Santuário do Bom Jesus de Matosinhos, na cidade de Congonhas (MG). Meus pais ficaram encantados com a tamanha beleza arquitetônica e paisagística daquele lugar: o estilo barroco brasileiro estampado no exterior e o estilo rococó no interior do santuário. Mas, o que me despertou fascínio foram as figuras dos doze profetas nas escadarias da igreja. Ali, a Bíblia não estava escrita, mas modelada e esculpida em pedra-sabão, fazendo-se ser vista e olhada! Antes de expor a respeito dos profetas, desejo abordar em linhas gerais sobre o estilo barroco mineiro. O barroco fo

O que (não) te contaram sobre os fariseus

  Este momento em que estamos vivenciando – uma polarização política (direita x esquerda) que está espirrando em nossas comunidades cristãs (o que não deveria, conforme Gálatas 3.28) – nos dará margem de compreender a origem, o desenvolvimento e a “ideologia” que movia o grupo sócio religioso, conhecido como fariseus . Conhecemos, de primeira vista, este partido nos Evangelhos sinóticos – Mateus, Marcos, Lucas (incluo o Atos dos apóstolos, pois é o segundo volume da historiografia lucana – leia  Quatro características da igreja (in)visível de Jesus Cristo ) e João. Contudo, os fariseus não é um partido ou um grupo sócio religioso homogêneo, mas é plural em suas manifestações e organizações (digamos assim!). Em vista de entendermos o seu surgimento e as suas principais ideias, pretendo expor o farisaísmo como uma herança teológica que, ainda marca a nossa interpretação/ ethos cristão e também, de certo modo, o "judaísmo atual". Mas, quero lembrá-los, caro leitor e querida le

A (com)partilha

  Um pai de família havia abatido um boi para festejar a divisão dos bens entre seus filhos e filhas. Sua esposa o ajudou nos preparativos da mesa e também, de comunicar com os seus filhos e suas filhas o local que iria ser apresentado a partilha dos bens. Animada com a reunião, a matriarca da família pediu aos seus funcionários que, levassem a mesa, que encontrava-se na sala de jantar, para a varanda de frente ao jardim de sua propriedade. Vendo do curral, o movimento organizado por sua esposa, o fazendeiro alegrou-se de tamanha proporção, que deu ordens ao seu paisagista que preparasse o jardim para caminhadas dos seus filhos e das suas filhas, pois haveria cantorias de violas e acordeões reforçando as esperanças e os sonhos pelo porvir. Tudo foi organizado, pensando não só em um filho ou uma filha, mas pelo bem comum de todos e de todas. Entardecendo, o pai de família encaminhou-se para a sua casa em vista de banhar-se e vestir-se à caráter para a reunião que organizara. E o mesm