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Mostrando postagens de janeiro, 2022

Borboleteando nas asas do Altíssimo: uma reflexão teológica íntima

  Não procuro expor, em termos acadêmicos, a respeito da teologia liberal . Na verdade, desejo escrever sobre a minha experiência com ela, fazendo-me abandoná-la. É claro que, o amadurecimento na reflexão teológica não veio de imediato. Antes das palavras, das teorias, das reflexões e das teologizações humanas acerca das Sagradas Escrituras, encontra-se “nós” – seres humanos que sentem, experimentam, pensam, refletem, vivem, convivem, sobrevivem e principalmente, oram e jejuam ! Quando estamos cursando em teologia, deparar-se com o liberalismo teológico não é algo assustador, ao menos que a pessoa seja extremamente conservadora (ou doutrinária). Eu não posso afirmar que sou liberal e nem conservadora… Eu importo-me muito com as pessoas (são humanos, independente de suas escolhas de vida!), incluindo plantas e animais. Pois, vejo-as como criaturas constituídas pela mesma matéria-prima e pelo mesmo Criador! Acho que, sempre pensei “fora da caixinha”, mas… Sempre busquei, em primeiro luga

Declaração dos direitos humanos perante a Deus

Perdoe-me pela sinceridade extrema. É necessário romper o silêncio diante de tanta hipocrisia religiosa e pseudoteológica. Não culpo totalmente as pessoas por serem assim… Elas tem 40%, mas não a totalidade de 100%. Responsabilizo os colarinhos eclesiásticos, que sabem da verdade, preferindo ocultá-la para benefício próprio. Como serva de Cristo Jesus, teóloga e biblista popular, vejo que muitos irmãos e irmãs reproduzem “jargões bíblicos”, sem ao menos saberem o que é, na realidade. Falam da vinda de Jesus, do inferno, do pecado, do diabo (com “d” minúsculo mesmo!), do batismo do Espírito Santo e de sua variação -batismo pelas águas (essa diferenciação dicotômica, não existe de jeito nenhum!) e dentre outros. Utilizam as Sagradas Escrituras para defender-se de acusações ou para justificar atitudes completamente opostas ao sentido essencial da mensagem bíblica. Distorcem práticas cristãs, para beneficiar autoridade (transbordando-a em excesso!). Tornaram a adoração, numa espécie de sho

Sobre a repetição

Repetir não era para ser algo incomodo. Pelo contrário, deveria ser considerado como uma característica natural do ser humano. Por que ficamos irritados com a repetição? O dia e a noite não seriam um eterno repetir? O sol sempre se encontra durante o dia, mesmo com as nuvens tomando a sua estreia do amanhecer. O mesmo acontece com a lua. Às vezes, as nuvens querem destacar-se com os seus espetáculos chuvosos. Aí, fico a questionar: Por que se incomodar com a repetição? Não consigo compreender... Há normas literárias que nos diz, que não devemos repetir uma mesma palavra, pois empobrece o texto visualmente. Mas, em relação, aos tempos mais remotos da humanidade? Os antigos utilizavam a repetição para que seus aprendizes comunitários, não se esquecessem de suas raízes enquanto povo cultural e nacional. A repetição não deveria ser vista como um erro linguístico, mas como algo que é essencial. É algo didático. É algo que estimula a memória. Lembre-se que quanto maior é a conquista de algo,

Jubileu, o tempo de Deus para nós: considerações sobre Levítico 25

  Com a inauguração de um novo ano (2022), empolgo-me com o projeto legislativo, que encontra-se em Levítico 25 . Este texto bíblico traz a minha memória que o Jubileu ou o Ano jubilar é um tempo de novidades e re-inícios. Por isto, vamos adentrar brevemente a respeito do significado do Jubileu para o povo de Deus. Todas as civilizações antigas tiveram que criar legislações que amenizasse (ou regulasse) as diversas formas que levavam muitas famílias (ou clãs, tribos) ao empobrecimento ocasionadas por dívidas. E com o povo de Deus não foi diferente! Tanto que, um dos princípios das leis bíblicas é que todo israelita, enquanto membro de um povo liberto, tem direito a liberdade e a base econômica desta é uma propriedade territorial intransferível . Perceba, caro leitor e querida leitora, que as Leis ( Torá ) é uma intervenção de Deus na história de seu povo. Por meio delas, o povo organiza de forma legal a sua vida e a sua comunidade, após a "visita" do próprio Deus através d