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Mostrando postagens de maio, 2020

Deus no caminho e decisões a serem tomadas...

Não tem jeito... Todos nós somos peregrinos. Só que há aqueles que param no meio do caminho. Não progridem. Não crescem. Não amadurecem. Esperam que algo os aconteça milagrosamente como uma hierofania . Mas, certos momentos da vida nos exige ação . Podemos até refletir, caro leitor e querida leitora, sobre os passos já iniciados. Contudo, se não houver uma decisão que enseja em ser prática, é possível que percamos de vista o que sempre esteve aí (diante de nós, implicitamente!) lhe esperando.  Existem pessoas que passam a vida se lamentando, pois alegam que nenhuma porta de oportunidade se abre. Às vezes, acontece que as portas já estão abertas as esperando, mas o medo ou o orgulho as impede de entrar e desfrutar daquilo que as espera(va). Há tanta gente "idolatrando" as suas feridas, que acaba afastando o que poderia curá-las ou libertá-las.  Deus intervém na vida humana, quando é escolhido para ser o   sentido ou horizonte existencial daquele/a que a/o escolhe. N

Resista ao mal, pagando-o com o amor: indicações sobre Mateus 5.38-42

Diante de tantos abusos, explorações ou traições, a vingança e a devolução do mal lançado na mesma medida é um pensamento que perpassa na mente de cada um de nós. Quando estamos mergulhados de dor, mágoa e desesperança, surge a vontade de se vingar ou fazer o mal a qualquer custo àquele que nos feriu, seja com palavras ou com suas próprias mãos. Contudo, o que o texto bíblico de Mateus 5.38-42 pode nos dizer em relação a vingança e ao mal? Qual é a essência deste ensinamento de Jesus? Será que é possível colocá-lo em prática neste século XXI? Iniciamos, primeiramente, colocando em evidência a perícope bíblica de Mateus 5.38-42: "Ouvistes que foi dito: Olho por olho e dente por dente. Eu, porém, vos digo: não resistais ao homem mau; antes, àquele que te fere na face direita oferece-lhe também a esquerda; e àquele que quer pleitear contigo, para tomar-te a túnica, deixa-lhe também o manto; e se alguém te obriga a andar uma milha, caminha com ele duas. Dá ao que te pede e n

Fenomenologia – articulando novos sentidos no real

A Noite Estrelada de Vincent van Gogh, 1889. A Fenomenologia surgiu através dos escritos de Edmund Husserl (1859-1938), onde buscava criar uma Filosofia como ciência de rigor perante a fragmentação das “recém-nascidas” ciências autônomas, como a Psicologia, a Sociologia e a Antropologia. A Filosofia, segundo Husserl, deveria resgatar o seu ideal de “filosofar socrático-platônico” começando pelo questionamento dos fundamentos últimos e pelo estabelecimento das questões últimas. A partir dessa indagação filosófica pelos fundamentos últimos, a fenomenologia foi levada a buscar pelas questões da vida humana subjetiva universal, ou melhor, pela subjetividade transcendental . Esta é a fonte de sentido do mundo e de si própria, enquanto a objetividade pertence a essa constituição. Em poucas palavras, é possível perceber que Husserl pretendeu “romper” a fragmentação de um mundo subjetivo e de um mundo objetivo (o mundo da ciência incorporada pela filosofia moderna), vendo-os como uma c