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Mostrando postagens de 2022

Natal, a plenitude da Vida

  No dia 25 de dezembro de 2007, uma família de quatro pessoas passou próximo de minha casa e estranhara. Não viram nenhum enfeite natalino nas portas e nas janelas. Não havia pisca-piscas em nenhum pilar. Nem papai Noel e renas. Tudo isso lhe causaram uma confusão. Mas, em compensação, ouviam muitas gargalhadas. Sentiam o cheirinho de longe, das refeições completamente opostas ao típico costume natalino: comer um bom chester ou peru. Curiosos, depois de algum tempo, chamaram no portão de meu lar. Bateram duas vezes, para depois chamarem o meu nome. Com um sorriso saltitante, eu os atendi. Afinal de contas, era natal! Quando os atendi, vi que a curiosidade estava tomando conta de suas almas. Habituados na cultura natalina contemporânea tentaram olhar para dentro de minha varanda. Nela, estava exposta uma mesa acompanhada com peixes grelhados com laranja, pães ázimos, frutas, salada de alface com tomate, suco de uva e água. Observando o comportamento deles, resolvi convidá-los a entr

Quem deseja ser grande e o primeiro, deve ser servo de todos! (Mc 10.41-45)

  Neste último mês do ano de 2022, pretendo chamar a sua atenção para algo importantíssimo: o serviço, a diaconia . O cristão e a cristã, por vezes, confundi o serviço com a prestação de serviço, em que se ganha reconhecimento ‘titular’ ou que se lucra $$$. Saiba, caro leitor e querida leitora, que os valores do Reino de Deus são opostos dos valores do sistema mundano em que estamos inserido. É claro que, como seres humanos cidadãos de uma nação e de uma determinada sociedade e cultura, sofreremos influências… somos pessoas que (con)vivemos em um determinado tempo! Mas… não deixemos que, os valores do sistema manipulem ou distorcem as riquezas dos valores do Reino de Deus e também, do Evangelho que anuncia Jesus Cristo, Aquele que reconciliou e mediou todos os seres humanos e a criação em Deus! Como tenho consciência de que, muitos irmãos e irmãs afastaram-se de suas comunidades, devido ao excesso de propagandismo e proselitismo político/ideológico, venho propor uma leitura do texto d

“Os doze profetas de pedra-sabão”: uma leitura bíblica na inconfidência mineira

  Francis Schaeffer, em sua pequena obra A Arte e a Bíblia , escreveu: “O cristão é alguém cuja imaginação deve voar além das estrelas” . Isto, a meu ver, é fundamental para um cristão e uma cristã que têm habilidades artísticas, em seu sentido amplo, pois o seu trabalho artístico pode ser uma expressão de esperança, de anúncio libertadora e da presença de Deus em nosso meio. Recordo-me que, no ano de 2017, fui conhecer o Santuário do Bom Jesus de Matosinhos, na cidade de Congonhas (MG). Meus pais ficaram encantados com a tamanha beleza arquitetônica e paisagística daquele lugar: o estilo barroco brasileiro estampado no exterior e o estilo rococó no interior do santuário. Mas, o que me despertou fascínio foram as figuras dos doze profetas nas escadarias da igreja. Ali, a Bíblia não estava escrita, mas modelada e esculpida em pedra-sabão, fazendo-se ser vista e olhada! Antes de expor a respeito dos profetas, desejo abordar em linhas gerais sobre o estilo barroco mineiro. O barroco fo

O que (não) te contaram sobre os fariseus

  Este momento em que estamos vivenciando – uma polarização política (direita x esquerda) que está espirrando em nossas comunidades cristãs (o que não deveria, conforme Gálatas 3.28) – nos dará margem de compreender a origem, o desenvolvimento e a “ideologia” que movia o grupo sócio religioso, conhecido como fariseus . Conhecemos, de primeira vista, este partido nos Evangelhos sinóticos – Mateus, Marcos, Lucas (incluo o Atos dos apóstolos, pois é o segundo volume da historiografia lucana – leia  Quatro características da igreja (in)visível de Jesus Cristo ) e João. Contudo, os fariseus não é um partido ou um grupo sócio religioso homogêneo, mas é plural em suas manifestações e organizações (digamos assim!). Em vista de entendermos o seu surgimento e as suas principais ideias, pretendo expor o farisaísmo como uma herança teológica que, ainda marca a nossa interpretação/ ethos cristão e também, de certo modo, o "judaísmo atual". Mas, quero lembrá-los, caro leitor e querida le

A (com)partilha

  Um pai de família havia abatido um boi para festejar a divisão dos bens entre seus filhos e filhas. Sua esposa o ajudou nos preparativos da mesa e também, de comunicar com os seus filhos e suas filhas o local que iria ser apresentado a partilha dos bens. Animada com a reunião, a matriarca da família pediu aos seus funcionários que, levassem a mesa, que encontrava-se na sala de jantar, para a varanda de frente ao jardim de sua propriedade. Vendo do curral, o movimento organizado por sua esposa, o fazendeiro alegrou-se de tamanha proporção, que deu ordens ao seu paisagista que preparasse o jardim para caminhadas dos seus filhos e das suas filhas, pois haveria cantorias de violas e acordeões reforçando as esperanças e os sonhos pelo porvir. Tudo foi organizado, pensando não só em um filho ou uma filha, mas pelo bem comum de todos e de todas. Entardecendo, o pai de família encaminhou-se para a sua casa em vista de banhar-se e vestir-se à caráter para a reunião que organizara. E o mesm