No dia 23 de dezembro, fui presenteada pelo meu pai. O presente mexia. Cheirava. Tinha quatro patas. Um focinho. Um corpinho “magrelo”. O presente não foi embrulhado como o convencional. Na verdade, veio dentro de um saco de sal bovino. O presente não foi comprado, mas achado. O presente encontrou um lar de acolhimento e muito amor. O presente chama(va)-se Maggie. Depois de três anos sem cães em casa, meu pai a encontrou abandonada no asfalto. Maggie tinha dois meses de vida. Chegou cheia de pulgas, carrapatos e extremamente magra. Era, até difícil, pegá-la no colo. Nossos olhares encontrarem-se no amor e no carinho. Na verdade, ela gostou de mim primeiramente, dando-me um olhar mais doce e tenro que já vi! No mesmo dia em que chegou, recebeu o seu primeiro banho. Nunca vi um banho tão sofrido e doloroso. Maggie chorava. Gritava. Tudo isto chamava-se medo. Eu ficava pensando, o que poderia ter acontecido com ela… O medo a cegava, mas mesmo assim… Colocou a sua confiança em mim. Só alim