Fugir é inútil. Desistir da peregrinação é se acovardar de crescer na/pela fé. A tempestade não é úmida, é seca. O chão está rachado, devido a falta de chuvas que saciam a sede da vegetação. Será que isto é um indício de que a morte é a única solução? Não. Um nômade nunca se deixa vencido, não porque o mesmo é forte para enfrentar tudo por sua própria capacidade meramente humana, mas por acreditar que há um Criador que o está sustentando, mesmo com a precariedade de água e alimento. O olhar de quem o Criou com as suas próprias mãos gera resistência na alma. O corpo pode reclamar da ausência de nutrientes, mas a vida que está além do mero maná, é o único que pode suprir as faltas de um ser humano inteiro. É claro que tudo isto escapa da lógica e da racionalidade humana. É algo que desequilibra, atormenta e tenta a vida de um nômade. É mais confortável viver próximo de um rio e ter abundância de alimentos, mas enfrentar o nada ou o pouco e ainda se contentar com a situação, só suporta