Tecendo os fios da existência

25 de dezembro de 2019. (a comemoração simbólica do nascimento de Jesus) Eu queria tanto tocá-lo. Eu queria tanto tê-lo como meu amigo. Eu queria tanto, poder dizer que estou enfermo. Estou tão confuso, que nem sei se alcanço-o pelo seu Caminho. Ninguém sabe o grau de minha cegueira. Ninguém sabe o quanto esta cegueira é prejudicial a minha existência. Não consigo enxergar as pessoas. Não consigo ver, em que direção meus pés estão me levando... Detesto admitir às pessoas ao meu redor, que estou completamente perdido. Sem direção. Sem destino. Sem um projeto de vida. Eu só queria apenas uma chance de sentir paz comigo mesmo. Não tenho paz. Sou atormentado pelos meus próprios demônios. Não é preciso espiritualizar os espíritos malignos, basta ter cometido muitos erros ao longo da vida... Não culpo meu pai e nem minha mãe pelo que sou. São as minhas escolhas de vida que, a cada dia, estão me afundando. Não gosto de aceitar a ideia de que estou fracassando muito mais, ao busca

    O termo magos , encontrado em Mateus 2.1-12, significa astrólogos ou mágicos dentro de um sentido geral. Advindo da palavra grega magoi , expressa a ideia de que eram homens que se ocupavam das ciências, acompanhadas ocasionalmente de magia e fraude. Consoante a supracitada perícope, os pais da igreja como Inácio, Justino, Tertuliano, Orígenes e Hilário viam que a astrologia e a magia iriam se curar, visto que havia o reconhecimento e a confissão de que o saber viria do ALTO. Tal perspectiva é condizente com uma possível leitura de Mateus 2.1-12, pois os magos teriam observado algo de diferente no céu ou algum fenômeno comum dos planetas que poderiam ser um sinal especial do Mistério sagrado .     Segundo a perícope de Mateus 2, no versículo primeiro afirma-se " [...] eis que vieram magos do Oriente a Jerusalém [...] "; o que indica que a região dos "sábios astrólogos" poderia ser a Pérsia, Babilônia ou a Arábia do Sul. Na antiguidade, os magos tiveram um

Epicuro, nascido na ilha grega de Samos, na costa da atual Turquia, em 341 a.C., foi um dos filósofos que se preocupou com o saber viver na condição da busca da eudaimonia (felicidade). Durante a era helênica, o conhecimento deslocou-se da preparação da atividade política passando-se a ocupar do aprimoramento do homem-interior. A filosofia distanciou-se das dimensões políticas em vista de preocupar-se com o estabelecimento das normas universais para a conduta humana, dirigindo-se para as consciências dos homens. Assim, a ética tornou-se o centro da especulação filosófica, naquela era, pois esta buscava o alcance da plenitude de sua realização por meio da sabedoria e da serenidade interiores na superação dos dilemas existenciais [1] . Epicuro em sua Carta sobre a felicidade (a Meneceu) dedica-se a escrever acerca da conduta humana e as formas de alcançar uma almejada “saúde do espírito”. Nessa carta, Epicuro faz uma prescrição médica quádrupla para a alma do homem, conhecida co

  Anna Maria van Schurman , nasceu no dia 5 de novembro de 1607. Oriunda de uma família de protestantes reformados que foram perseguidos na Colônia Católica e refugiram-se para Utrecht, no ano de 1610, van Schurman foi educada por aulas particulares ensinadas por seu pai e um tutor. Era conhecedora das línguas europeias clássicas - grego e latim - e modernas - alemão, holandês, inglês, francês, italiano e castelhano. Por já citar a Bíblia, desde dos três anos de idade, van Schurman dominou as línguas hebraica, aramaica, árabe, siríaca e etiópica. Além de seu conhecimento linguístico, destacava-se na matemática, astronomia, pintura e escultura. No entanto, van Schurman dedicou-se intensamente as suas grandes paixões: a Filosofia e a Teologia. Inteirava-se do pensamento filosófico de Aristóteles, Agostinho de Hipona,  Tomás de Aquino e tinha êxito na Lógica e as técnicas da argumentação escolástica.     Nascida em um lar protestante reformado, aprendeu a renunciar aquilo que era

   Existe uma certa concepção de que o Antigo Testamento documenta e legitima o uso da violência masculina contra a mulher em sintonia com a fé em YHWH, o que é um grande equívoco. Na presente reflexão, desejo expor acerca da violência sexual do Antigo Testamento, ressaltando que esse documenta, não a legitimação do uso da violência como a vontade de Deus, mas as vítimas da violência masculina: as mulheres . Diferente do que muitos "acham", o Antigo Testamento retrata a violência sexual contra as mulheres e mostra que o estupro é condenado pela Lei de Moisés. Vamos ler esta passagem de Deuteronômio 22.25-27 : "Contudo, se o homem encontrou a jovem prometida no campo, violentou-a e deitou-se com ela, morrerá somente o homem que se deitou com ela; nada farás à jovem, porque ela não tem um pecado que mereça a morte. Com efeito, este caso é semelhante ao do homem que ataca seu próximo e lhe tira a vida: ele a encontrou no campo, e a jovem prometida pode ter gritado,

  É nítida a percepção de que dentro das instituições religiosas vinculadas ao cristianismo, se encontram estes tipos de discípulos de Jesus. Fico plenamente incomodada, quando um destes 'cristãos institucionalizados ou doutrinados' julgam pessoas que seguem somente Jesus Cristo e tenham uma comunhão com Ele dentro de seu quarto em secreto, além da comunhão com irmãos, estejam ou não em Cristo. Sim! A comunhão com irmãos não deve ser limitado somente entre quatro paredes rigorosamente institucionalizadas e legisladas na hora da liturgia cúltica, como muitos creem. A comunhão entre irmãos é mais do que válida, quando o outro está na penúria ou em alguma situação de dificuldade; o que normalmente ocorre o contrário. Irmãos ou irmãs preferem crer numa comunhão sem espinhos na rosa. Isto, porque se a rosa tiver espinhos, o ideal em suas mentes é abandoná-la ou julgá-la por ser possuidora dos piores pecados; como se o pecado não habitássemos em nós por sermos humanos com finitud

  No início deste ano, me dediquei a leitura de uma obra considerada "clássica" na literatura americana, chamada Ratos e Homens do autor John Steinbeck , publicado em 1937 nos Estados Unidos e no Brasil em 1940, traduzido por Érico Veríssimo. A história é bem conhecida, pois já foi produzido um filme no ano de 1939, estrelando os atores Burgess Meredith, Betty Field e Lon Chaney; e há uma produção realizada no ano de 1992 com os atores Gary Sinise e John Malkovich, que é a versão mais conhecida. Este livro também recebeu a atenção dos dramaturgos e diretores nos teatros, porque ainda é possível vê-los em alguns cartazes de apresentação. É uma novela curta que narra a história de dois amigos, que são trabalhadores rurais na Califórnia e estão vivendo no período da Grande Depressão (1929-1939).    Lennie é um homem grande, forte e 'infantil', enquanto o seu amigo George é pequeno e esperto. A história começa com os dois indo ao encontro de uma fazenda para traba