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Mostrando postagens de novembro, 2018

Dia e Noite, Verão e Inverno, Outono e Primavera, Guerra e Paz... Tudo tem o seu Tempo!

"Há um momento para tudo e um tempo  ( ע ת )  para todo propósito debaixo do céu . Tempo de nascer , e tempo de morrer ; tempo de plantar , e tempo de arrancar a planta . Tempo de matar , e tempo de curar ; Tempo de destruir , e tempo de construir . Tempo de chorar , e tempo de rir ; tempo de gemer , e tempo de bailar . Tempo de atirar pedras ; e tempo de recolher pedras ; tempo de abraçar , e tempo de se separar . Tempo de buscar , e tempo de perder ; tempo de guardar , e tempo de jogar fora . Tempo de rasgar , e tempo de costurar ; tempo de calar , e tempo de falar . Tempo de amar , e tempo de odiar ; tempo de guerra ,  e tempo de paz . Que proveito o trabalhador tira de sua fadiga? Observo a tarefa que Deus deu aos homens para que dela se ocupem: tudo o que ele fez é apropriado em seu tempo . Também colocou no coração do homem o conjunto do tempo , sem que o homem possa atinar com a obra que Deus realiza desde

Verdade, Objetos, Significado e Referência: o que Gottlob Frege tem a nos dizer?

Aos moldes da Filosofia da Linguagem, a verdade encontrada nas afirmações é advinda da referência. Tal é assumida, porque as palavras e as afirmações se tornam aptas para estabelecer a verdade das coisas mundanas, em razão da referência que possuem. É possível afirmar que as palavras possuem uma “ligação” com os objetos do mundo, o que indica que os objetos (Vaclav Klaus e Montanha de Ouro) são tomados como nomes próprios e são expressões paradigmáticas da referência, mesmo que não seja relevante considerar que todas as palavras são referenciais, sendo algumas ligadas aos objetos da realidade [1] . Consoante a isto, Gottlob Frege (1848-1925) busca em seu artigo intitulado Sobre o Sentido e a Referência (1892) [2] , compreender o significado das sentenças a partir da relação entre a linguagem e a realidade, o que deriva a duas questões indicativas para o presente texto: o que faz com que as afirmações sobre os objetos sejam verdadeiras? Qual é a relação que existe entre o signific

Ser fraco é melhor do que ser forte!

  O que sempre buscamos? O que sempre queremos? O que sempre nos alegra? E qual é a melhor qualidade humana que contemplamos? Ser forte . Acredito que tal qualidade é um "mito" que nos persegue há milhares de anos. Deuses gregos, egípcios e de tantas outras expressões e manifestações religiosas discursam a grandeza de seus deuses serem fortes e destemidos. Não vamos muito longe e nem estamos muito distante, os super-heróis cinematográficos têm o poder da força... Mesmo lutando contras as forças do coringa ou do pinguim, a força vem com toda a sua nobreza, estilo e fama. Afinal, o humano detesta se sentir vulnerável, frágil e fraco.    Ninguém gosta de re-conhecer que os defeitos costumam ser maiores do que as qualidades. E quando os defeitos vêm com muita intensidade... Oh, desgraça! Tenho duas opções: (1) ou sou uma pessoa orgulhosa e arrogante o suficiente para achar que os meus defeitos são suportáveis, mas no fundo, tenho uma noção bem concreta, que sou um humano f

Notas de rodapé sobre a noção de Fé em Paul Tillich

      Paul Tillich (1886-1965), em sua obra Dinâmica da fé , expõe uma filosofia da religião ontológica baseada no princípio de identidade, que enseja em uma ontologia fundamental à interpretação da experiência religiosa.  Naquela, Tillich evidencia a natureza do ato de fé de forma holística, pois o teólogo alemão identifica a fé com a totalidade da disposição religiosa do homem com Deus. Em termos gerais, Tillich define a fé como uma abertura extática para o incondicionado que abrange e totaliza as outras funções da pessoa humana. Daí, a fé envolve um elemento de paixão (Soren kierkegaard)  e auto-transcendência e é aquele, que integra as funções humanas.      Em sua dimensão humana, a fé é algo que toca o ser humano incondicionalmente e o influencia em sua totalidade, por isto, a fé é como um ato da pessoa "inteira", digamos assim. A fé consiste no elemento central do humano, transpassando todas as suas dimensões, mas fazendo presença na vida e perpassando nos âmbitos

Os paradoxos acerca do modelo científico baconiano: breves apontamentos críticos

A ciência é uma forma de conhecimento sistemática do pensamento objetivo, que busca compreender os dinamismos, os fatos e os mecanismos acerca da natureza. Na antiguidade, a ciência desenvolvida pelos gregos, egípcios e babilônicos era teorética, isto é, contemplava os seres vivos sem a intervenção de instrumentos técnicos. Diferentemente dessa concepção de ciência antiga, a modernidade já procura desenvolver um conhecimento teórico, além de “subordinar” ou “dominar” os seres naturais ao domínio humano, através do uso de instrumentos e aplicações empíricas [1] . Esta perspectiva científica moderna é advinda do filósofo inglês Francis Bacon (1561-1626) e do filósofo francês René Descartes (1596-1650). Para que a presente leitura não seja exaustiva, um dos objetivos do texto é buscar compreender o modelo de ciência proposto por Francis Bacon. Após a este entendimento, será indicado às críticas da filósofa brasileira Marilena Chaui, encontradas em sua obra intitulada Convite à Filos